Alimentação emocional – Pense sobre as suas emoções

A alimentação emocional é exatamente a forma como nós gerimos as nossas emoções e apetite.

Sabemos que uma alimentação variada, equilibrada e sem excessos é de extrema importância para nos tornarmos uma pessoa saudável. O problema é que em alguns momentos mais delicados da nossa vida, é difícil controlar os impulsos emocionais que a “fome psicológica” nos provoca. E é nesta hora que atacamos os doces, os salgados e cometemos  excessos alimentares, nos quais vamos  arrepender-nos depois.

A alimentação emocional é exatamente a forma como nós gerimos as nossas emoções e apetite. Em muitos momentos, o ato de comer torna-se uma metáfora da forma como nós gerimos as nossas emoções.

A compulsão alimentar é um mecanismo de defesa psicológico, que funciona como forma de preencher um vazio psicológico e não de verdadeira fome. É um descontrolo emocional pela aflição de preencher um vazio emocional que naquele momento não se consegue perceber como ultrapassá-lo. Então vingamo-nos na comida, para nos sentirmos “cheios, enfartados”.

O grande trabalho, num processo de reeducação alimentar, é treinarmos a consciência das nossas emoções e sentimentos. Perceber diariamente o que estamos a sentir. Exemplo: “É fome? Ou estou ansiosa? Zangada? Triste?” Se conseguirmos perceber o que sentimos, também conseguimos dizer “Não!” à tablete de chocolate ou ao pacote de batatas fritas. O alimento pode tornar-se num substituto do equilíbrio emocional, e aí é que está o risco.

O problema que surge quando comemos de forma desequilibrada, na tentativa de preencher o vazio emocional, é de que estamos a desinvestir na nossa saúde e na nossa imagem. Como consequência disso, podemos ganhar peso, desenvolver alguma doença crónica como diabetes, colesterol, tensão arterial, etc. Cada vez que comemos compulsivamente estamos a reforçar a informação ao nosso cérebro de que a única forma de ter alívio emocional é comer.

Por isso, cada vez que lhe apetecer atacar a despensa, o frigorífico ou quebrar com o seu plano alimentar, pense sobre as suas emoções e o que está a sentir em cada momento que tem “fome”! A vontade de comer, muitas vezes, é uma forma de satisfazer a nossa sensação de frustração, após alguma emoção negativa sentida. Mas esta satisfação é momentânea e acontece porque nos sentimos tristes, zangados, cansados, etc. Assim, é importante estar atento às suas emoções e aprender a suportá-las, sem que necessite de comer algo desnecessário.

Dra. Claudia (psicóloga)

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