Sabia que as crianças não devem consumir açúcar até aos 2 anos de idade?

Quais as recomendações das Entidades de Saúde sobre o consumo de açúcar?

As recomendações atuais, de diferentes entidades de saúde, são claras no que respeita ao consumo de açúcar em crianças. O consumo de açúcares livres deve ser nulo no primeiro ano de vida e é recomendado adiar a sua introdução até aos 2 anos de vida. A Organização Mundial de Saúde, recomenda ainda uma ingestão reduzida de açúcares livres ao longo de toda a vida, incluindo todas as fases do ciclo de vida, não devendo ultrapassar os 10% da ingestão calórica total. 

Mas afinal o açúcar não é todo o mesmo?

A resposta é não,  existem diferenças entre açúcares naturalmente presentes e açúcares adicionados. 

Os açúcares naturalmente presentes, fazem parte da composição nutricional de um alimento, são exemplo disso os açúcares presentes em frutas, vegetais, grãos, tubérculos, leite e seus derivados. 

Os açúcares adicionados, incluem todos os monossacarídeos (galactose, frutose e glicose) e dissacarídeos (lactose, maltose e sacarose) adicionados aos alimentos pelo fabricante ou consumidor, e açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e sumos concentrados de fruta.

Quais os impactos do consumo de açúcar na saúde em crianças?

A evidência científica tem demonstrado que os primeiros mil dias de vida são um período crucial para moldar a saúde futura de uma pessoa, para além de parecer interferir na preferência pelo consumo de alimentos doces na vida adulta.

O consumo de açúcares livres, em tenra idade, está associado ao risco de desenvolver diversos problemas de saúde. Estes podem manifestar-se, ainda, durante a infância, como cáries dentárias e excesso de peso que trazem implicações futuras, e ao longo da vida, como é o caso das doenças crónicas, como doenças cardiovasculares, asma, hipertensão arterial, diabetes tipo II e obesidade

ATENÇÃO: O mel não pode ser oferecido a crianças com menos de dois anos de idade, por existir o risco de estar contaminado com a bactéria Clostridium botulinum, que provoca um tipo de intoxicação chamado botulismo. O botulismo ataca o sistema nervoso e pode provocar doenças graves e até a morte.