Como Melhorar a Nossa Sustentabilidade Alimentar
Durante a produção de alimentos, desde o cultivo até à sua eliminação, são emitidas milhões de toneladas de gases de efeito de estufa. São também utilizados recursos essenciais ao longo dessa produção, como água e energia. Contudo, infelizmente, alguns alimentos acabam por ser desperdiçados, não sendo consumidos durante o período de tempo adequado. Mesmo após serem considerados desperdícios, os alimentos continuam a liberar gases poluentes durante a sua decomposição. Este fenómeno tem um impacto económico, ambiental e moral significativo.
A Food and Agriculture Organization (FAO) estima que, se o desperdício alimentar fosse um país, este seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa, depois dos EUA e da China. Nos países europeus, aproximadamente um terço dos alimentos produzidos para consumo humano, cerca de 89 milhões de toneladas, são desperdiçados anualmente. Em Portugal, dados oficiais referentes ao ano de 2020, indicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que nesse ano foram desperdiçadas 1,89 milhões de toneladas de alimentos, significando que cada português desperdiçou, em média, 183,6 kg de alimentos. Todos estes dados são impressionantes e demonstram o quanto é importante agirmos para reverter esta situação.
O que posso fazer para melhorar a minha sustentabilidade alimentar?
1. Evite alimentos importados e prefira alimentos locais, reduzindo assim os recurso necessários para o seu transporte;
2. Evite comprar produtos embalados, para além de reduzir nos recursos necessários para o embalamento, está a contribuir para a sua saúde sendo que parte dos alimentos embalados são menos saudáveis
3. Reduza o consumo de alimentos de origem animal, inclua algumas refeições vegetarianas na sua semana e quando consumir proteína animal modere a sua quantidade;
4. Prefira alimentos sazonais, optando por frutas e legumes da época, para além de, geralmente, exigirem menor dispêndio de recursos, apresentam melhor qualidade nutricional e mais sabor;
5. Consuma com maior frequência alimentos que apresentem um menor impacto ambiental como produtos hortícolas, tais como fruta, cereais integrais e seus derivados e tubérculos.
Como posso perceber melhor o impacto ambiental dos alimentos que consumo?
Para ajudar o Centro Barilla de Alimentação e Nutrição (BCFN), desenvolveu um “modelo de pirâmide dupla”, que tem como objetivo aumentar a consciencialização sobre o impacto ambiental e nutricional dos alimentos. Este modelo gráfico, relaciona o consumo alimentar recomendado com o seu impacto ambiental. Podemos perceber que, na maioria dos casos, quanto maior o impacto ambiental do alimento, menor é a sua recomendação de consumo. Apresentamos o modelo, adaptado à realidade Portuguesa, feito pela Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN):
Para entender como pode colocar em prática estas ações, fale connosco, marque já a sua consulta de nutrição!