Qual a relação entre a alimentação e a saúde mental? O que nos diz a ciência!

Nos últimos anos, têm aumentado o número de estudos científicos que visam analisar qual a relação entre alimentação e a saúde mental. Será que o que comemos pode afetar o nosso cérebro e bem-estar emocional de alguma forma? Se sim, como funciona esta ligação? Saiba mais neste artigo.

O que a ciência nos diz?
As pesquisas atuais apontam para a existência de uma correlação positiva entre uma alimentação saudável e um bom estado de saúde mental. Os estudos sugerem que dietas saudáveis estão associadas a níveis mais baixos de depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental. Por outro lado, dietas ricas em alimentos processados, fast food e bebidas açucaradas, têm sido associadas a maiores riscos de problemas mentais. A falta de nutrientes essenciais, combinada com o excesso de açúcares e gorduras saturadas, parece afetar negativamente o humor e a função cerebral.

Por que a alimentação afeta a saúde mental?

Há várias razões pelas quais a alimentação pode ter uma influência considerável na nossa mente, uma delas está relacionada com o facto do nosso cérebro necessitar de nutrientes específicos para funcionar correctamente, nomeadamente ácidos gordos ómega-3, vitaminas do complexo B, zinco e magnésio, que ajudam a regular o humor, a memória e o raciocínio. Outro fator importante é o impacto da alimentação na microbiota intestinal (as “boas bactérias” do intestino). O intestino e o cérebro estão conectados por um sistema complexo de nervos e sinais químicos, conhecido como eixo intestino-cérebro. Uma alimentação saudável pode manter esta ligação em equilíbrio, promovendo tanto a saúde física como a mental.

Porque alguns alimentos beneficiam a nossa saúde mental?

Segundo algumas pesquisas, existem  grupos de alimentos que têm um impacto positivo na nossa saúde mental, tais como:

• Peixes gordos (como salmão e sardinha) que são ricos em ómega-3, que podem reduzir os sintomas de depressão;
• Frutas e vegetais, que fornecem antioxidantes e nutrientes essenciais para o bom funcionamento do cérebro;
• Frutos oleaginosos e sementes, que são ótimas fontes de ómega-3 e 6, selénio, magnésio e antioxidantes outras vitaminas importantes para o humor e manutenção cognitiva;
• Leguminosas e cereais integrais, que ajudam a manter os níveis de energia estáveis e promovem o bem-estar geral.

Embora a alimentação, por si só, não ofereça uma cura para problemas de saúde mental, ela desempenha um papel relevante na prevenção e na melhoria do bem-estar emocional. A ciência tem cada vez mais demonstrado que aquilo que comemos pode influenciar o nosso estado de espírito e até a nossa capacidade de lidar com o stress e a ansiedade. Optar por uma alimentação equilibrada, rica em alimentos nutritivos, pode ser uma ferramenta poderosa para cuidar da nossa saúde mental.